quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Continuação de Roupas e Hábitos

Já que até agora nos detivemos nas vestimentas e insígnias, vamos nos dedicar a falar um pouco das cores e das formas; o manto nem sempre era branco; a insígnia, nem sempre uma cruz; e esta nem sempre vermelha.

O simbolismo das cores, tanto do manto como das insígnias, é bastante simples. O preto era símbolo de humildade e penitência; o branco símbolo da pureza; as cores vivas pertenciam aos leigos. Os irmãos das Ordens religiosas e militares deveriam renunciar à cavalaria secular e adotar o branco, o preto, o cru ou o burel (cinzento roxo).

Por tanto não devemos cair no simbolismo fácil, associando o negro às trevas e branco à luz (Jesus Cristo): o negro ou a cor do burel (cinzento roxo) do manto dos irmãos sargentos e dos irmãos capelas do Templo não são evidentemente símbolos do mal, marcando simplesmente a humildade. Quanto à insígnia, nem sempre era em forma de cruz, a insígnia não era sistematicamente vermelha, a mesma cruz sendo verde em Alcântara e em Avis. (DEMURGER, 2002, p. 175).

2. 1 .1 - Hábitos e insígnias

Ordem

Manto (cor)

Insígnia (forma)

Insígnia (cor)

Templo

Branco (cav.)

Cruz grega simples ou pateada

Vermelha

Hospital

Preto, vermelho (guerra).

Cruz simples, depois de Malta

Branca

São Lázaro

Branco

Cruz grega simples, ou pateada

Verde

São Tomás de Acre

Negro

Cruz grega simples

Branca e vermelha

Teutônica

Branco

Cruz simples ou pateada

Preta

Porta-gládios

Branco

Espada encimada por uma cruz

Vermelha

Dobrin

Branco

Espada encimada por estrela

Vermelha

Calatrava

Branco

Cruz flordelisada

Preta, depois vermelha

Alcântara

Branco

Cruz flordelisada

Verde

Avis

Branco

Cruz flordelisada

Vermelha, depois verde (1385).

Santiago

Branco

Espada

Vermelha

San Jordi de Alfama

Branco

Cruz simples

Vermelha

Montjoie

Branco

   

Santa María

Branco

Estrela de oito braços

Vermelha

Montesa

Branco

Cruz flordelisada, depois simples

Preta, depois vermelha (1400).

Cristo

Branco

Cruz simples ou pateada

Vermelha, depois vermelha sobre branco

(DEMURGER, 2002, p.174).

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