domingo, 8 de agosto de 2010

Os signos do Templo

Percebe-se, claramente, que o mundo se encontra há bastante tempo cercado de signos e símbolos, que são elementos fundamentais para as relações interpessoais e do indivíduo com o mundo a sua volta e, que sem eles, a sociedade não poderia ter alcançado o grau de sofisticação em que se encontra. Os signos são elementos neutros, portanto, sujeitos à interpretação.
Aliás, podemos ir além, como os elementos formadores do texto são signos, portanto, sujeito a interpretações também, verifica que este ato interpretativo sempre foi muito bem controlado tanto pela cúpula da Igreja Católica, como pelo principal ideólogo da Ordem Templar, Bernardo de Clairvaux; este, no seu documento.De laude novae militae (“Em louvor da nova Ordem de cavalaria”) consegue com maestria transformar um dos principais pecados, para qualquer grande religião atual e citado explicitamente nos dez mandamentos, em ato justificável e, por que não, louvável e digno de ascensão ao paraíso, adulterando o famoso “não matarás!”, em um “Pode. Se for em nome de Deus e da Santa Madre Igreja!”.
Ele reconhecia que eles eram uma inovação na vida da Igreja, “completamente diferente da maneira habitual da cavalaria”, cujos motivos puros transformavam homicídio, o que era mau, em malecídio – o homicídio do mal –, o que era bom. (READ, 2001, p. 114 e 115).
Cada um dos itens de vestimenta e acessórios dos Templários permitia que eles fossem identificados pelo conjunto da sociedade, como membros de sua Ordem; o que, obviamente, era vantajoso em situações de paz, quando, de forma muita clara, obtinham acesso ao prestígio de pertencer a casa Templária - a Ordem militar mais rica e poderosa no período – e, em tempos de guerra, pois facilitava, de forma rápida, a identificação no campo de batalha.
Essas indumentárias tão úteis aos Templários, mesmo depois que estes foram jogados na clandestinidade e vieram a incorporar-se na Maçonaria, formou a base de um socioleto, língua particular de um grupo que serve para identificar seus membros e lhes proporcionar acesso a muitos rituais.
"Enquanto meio de comunicação visual impregnado de significado universal, o símbolo não existe apenas na linguagem. Seu uso é muito mais abrangente. O símbolo deve ser simples e referir-se a um grupo, idéia, atividade comercial, instituição ou partido político". (DONDIS, 1997, p.93).

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